Há meandros pegajosos que habitam em Lisboa
Estendendo seu tapete viscoso desde Alfama a Madragoa
Apanham seus súbditos em súbitos vícios viciantes
Que os fazem tornar a voltar perdidos e errantes
Trazem em bolsos distintos
Desejos famintos
De saciar sua fome
De quem há mil anos não come
Levam tiram, partem vão
Dilaceram o destino
Nunca pedem perdão
E quando á noite rodam na cama que já não os embala
Levantam-se de mansinho e passando pela sala
Levam um pouco do recheio
Para rodar no meio
E voltam à cidade que os espera faminta
Pela sua injecção de capital sub-urbano
Para essa economia de subterfúgios
Que se esconde em vielas por entre mil refúgios
Despeja em seus homens cinzas decadentes
Pós dos consumidos que não podendo fugir
Giraram, giraram, sem sitio pra ir
Brancos serão, branco é...
Brancos serão, branco é...
1 comment:
André,
"essa economia de subterfúgios"?
Cada x me surpreendes +!
=X
;)** bjinhooo
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