O nosso amor é o teu sorriso, nesse improviso
Essa verdade que é tão estranha
Essa ligação que é mais que o corpo
Essa empatia que é mais que a alma
É morto, é vivo, existente, permanente
É cúmplice nos trejeitos, nos olhares
É rio e afluentes, nossas lágrimas
E é teu nessa metade, meu nesta metade
E nosso naquele abraço
Friday, December 18, 2009
Saturday, December 05, 2009
Rotinas da Mente
Devia ter deixado de fumar. Os dias têm passado lentos, sempre mais pequenos do que as noites.
O movimento tem-se repetido,e, um após outro, têm-se desfeito, consumido. O peso nos olhos é sempre contraposto com o facto naturalmente milagroso de estes continuarem a enxergar, sendo pois isto a mais derradeira prova de vida.
As sombras, constante e ultima companhia, erguem-se em noite de insónia ao sabor do isqueiro.
A mente está toldada, incapaz de discernir a realidade da realidade própria, e enquanto isso, no panorama social, as horas passam, minuto a minuto, na rotação esquizofrénica de biliões de relógios.
Escorre-se a ampulheta para mais uma batalha perdida. Desistir não faz parte do encanto, porque isso significaria adormecer.
Por fim os pés sossegam no vazio do divino, enquanto que, o tempo acelera mais do que o próprio corpo inerte.
É manhã, e cansado é hora de andar. O cérebro desperta para mais um queima-queima no campo de batalha civilizacional. Passo a passo, a escada andando sobre os pés rotineiros. Enquanto a luz invade a casa escura que por tanto tempo se abriu à escuridão.
Procura-se sob o tampo do tacho o resto do café de ontem à noite. Acção escorrega pela garganta desnuda e virgem. Do bolso do roupão velho saca-se um cigarro. Depois a água e o alivio do corpo quente e confuso. Mais uma vez se olham as horas, e se morre no sofá com todos os sentidos despertos.
O movimento tem-se repetido,e, um após outro, têm-se desfeito, consumido. O peso nos olhos é sempre contraposto com o facto naturalmente milagroso de estes continuarem a enxergar, sendo pois isto a mais derradeira prova de vida.
As sombras, constante e ultima companhia, erguem-se em noite de insónia ao sabor do isqueiro.
A mente está toldada, incapaz de discernir a realidade da realidade própria, e enquanto isso, no panorama social, as horas passam, minuto a minuto, na rotação esquizofrénica de biliões de relógios.
Escorre-se a ampulheta para mais uma batalha perdida. Desistir não faz parte do encanto, porque isso significaria adormecer.
Por fim os pés sossegam no vazio do divino, enquanto que, o tempo acelera mais do que o próprio corpo inerte.
É manhã, e cansado é hora de andar. O cérebro desperta para mais um queima-queima no campo de batalha civilizacional. Passo a passo, a escada andando sobre os pés rotineiros. Enquanto a luz invade a casa escura que por tanto tempo se abriu à escuridão.
Procura-se sob o tampo do tacho o resto do café de ontem à noite. Acção escorrega pela garganta desnuda e virgem. Do bolso do roupão velho saca-se um cigarro. Depois a água e o alivio do corpo quente e confuso. Mais uma vez se olham as horas, e se morre no sofá com todos os sentidos despertos.
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