De tanto que valeu, ter tentado
Para quê ter esperado?
Para quê ter lutado, se tudo é vão
Porque hoje tornas meus dias cinzentos
Porque o amanhã é sempre mais longe
Porque nem tudo és tu, mas tu és muito
Porque há coisas que eu não sei explicar
Seca-se a garganta,
E engolem-se em seco, as palavras que já não saem
Que já não são fáceis... Não quero que nada se consuma
Quero o meu mundo de pé, construído
E se algum dia me deres lume
E se algum dia me aqueceres a cara à noite
Vais saber que eu estou lá...
Vais saber que eu sou lá
Perto...muito perto...