Falta qualquer coisa a este sujeito
Não sei sequer o que hei de dizer
Digo-o por ver o que se passa no espelho
Eh co raio do fedelho faz cada trejeito
Se lhe perguntam seu nome, ele treme ao dizer
Se lhe toca o telefone gagueja ao atender
Falta qualquer coisa a este sujeito
Não sei dizer nem ao certo explicar
Se lhe apetece gritar jamais o fará
Teme que o ódio fale por ele
E nem desconfia que a consumição
Se faz de engolir a tal humilhação
E voa baixinho, quando alto voou
Buscando de novo o que não encontrou
Leva consigo só mais confusão
De paredes timbradas de indignação
E quando se esconde em total solidão
Procura em seus pés um rasgo de ilusão
E pede a Deus que lhe acenda uma luz
Dizendo baixo que o impossivel seduz
Se a noite só traz um triste sentimento
Vamos dar as mãos e criar movimento
Gritemos bem alto que sim e que sim
Que não, não é hora de chegar ao fim
E se lhe for permitido acordar de manhã
Dirá que está salvo mantendo o ressalvo
Mas decerto expressando que o dia trará
Algo bem diferente que se expressará
Sob formas concretas de bens ideais
E é esta a tradução no mundo dos mortais.
Bom Dia.
1 comment:
Eh láá!
Temos fadista!
No finaL É pra dizer "tradução" ou "tradição"? Espero que seja a segunda opção.
Não te faço perder mais tempo
apenas vim retribuir a inspiração!
Também "Imagino que quando estejas sozinho te perguntes diversas vezes sobre os porquês de diversas questões"
=)... poético!!!!
Bom CarnaBal!*
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