Frágil vagueia pela cidade empedrada
Tropeçando no copo, na garrafa
Descobre atrás de uma parede uma praça
Embriagada rodopia para um ralo fundo
Pedra a pedra se consome o meu chão
No banco do jardim está sentado um tornado
E nele um cavaleiro montado
Segue a viagem o personagem principal
Num súbito instinto carnal
Olfacto apurado de seu púlpito espreita
Desce e se esgueira pela porta direita
Soma e segue caminhos estreitos
De onde escorrem regos de agua perfeitos
Sujos, conspurcados...
Não tendo nada para dizer
Foge da sua sombra moribunda
A sua alma fecunda
Segue, Frágil... Pela cidade empedrada.
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