Wednesday, April 08, 2009

Fado

Sou o mercenário dos sentidos
O senhor das vontades
O déspota dos desejos

Cabe em mim um dom imperativo
Um cabimento sem cabimento que é desmedido
Uma vontade quiçá veleidade impelida
Utopicamente visionada para a vida

Um caminho discreto
De contorno incerto
Uma ordem que é ordem
Que exalta as liberdades

Feras indispostas rugem inconscientes
Sinos efusivos tocam badalando-se imponentes
O panico é visível nos olhares bem enxutos
As vozes são entoadas no meio de tumultos

Resta a mão sóbria sob a mira decadente da vontade humana
Fica o futuro próximo nas mãos vitoriosas desta espécie profana
E resta o amor, triste e desagasalhado

Que sem ter tecto...Ecoou as mágoas reluzentes de um passado fadado.


Ao som do Cão da Morte

1 comment:

AR said...

Muito romântico para um déspota!

:)

Kisss

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