O tempo corre tão depressa
Que às vezes pergunto-me se vale a pena apanhá-lo
Por entre o ócio tão inato e a angustia da passagem dos segundos
Perco o meu tempo em corridas estáticas em redor de mim mesmo
E nas noites defumadas giro no copo vaporizado que me intriga
Sei lá se corro ao favor, ou se me afasto na outra direcção
Nem se sei da escassez do tempo que se urge
A morosidade ostenta por vezes uma velocidade que se prevê inalcançável
E os sulcos despidos do rumo a traçar revelam lombas num looping que se cumpre descalço
É assim a roda gigante em que as almas se movem e os corpos se arrastam
1 comment:
A tua escrita não é nada fácil, mas é deliciosa quando desvendada.
Identifiquei-me particularmente com:
"Por entre o ócio tão inato e a angustia da passagem dos segundos
Perco o meu tempo em corridas estáticas em redor de mim mesmo."
5 *'s
:)*
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