Thursday, August 27, 2009

Os corpos falam na imensidão de um beijo
Os sentidos rosnam, as paredes debruçam-se
Os braços acolhem a solidão
Num fiel espasmo universal
A razão distinta das mãos escorrendo
Descendo o leito, caminho perfeito
O coração aperta estreito
A espiral da vida num desmaio difuso
Uma cegueira desmedida
As palavras ecoadas em sombras incandescentes
Cúmplices sigilos, abafados mordidos
A conjectura das sensações na ponta dos dedos
Os estados subindo e descendo
O corpo morrendo com sua alma
Os olhos fixos num ponto nu
De volta, por fim, a calma.

1 comment:

Thinking of you said...

Tens uma forma de escrever fenomenal... Talento nato!
Parabéns!

How Many