Os corpos falam na imensidão de um beijo
Os sentidos rosnam, as paredes debruçam-se
Os braços acolhem a solidão
Num fiel espasmo universal
A razão distinta das mãos escorrendo
Descendo o leito, caminho perfeito
O coração aperta estreito
A espiral da vida num desmaio difuso
Uma cegueira desmedida
As palavras ecoadas em sombras incandescentes
Cúmplices sigilos, abafados mordidos
A conjectura das sensações na ponta dos dedos
Os estados subindo e descendo
O corpo morrendo com sua alma
Os olhos fixos num ponto nu
De volta, por fim, a calma.
1 comment:
Tens uma forma de escrever fenomenal... Talento nato!
Parabéns!
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