Wednesday, November 11, 2009

Trapézio

Escrever não mata mas fere. É ser utilizador, consumidor e cliente. É ser prosa e ser verso, ser rima sendo gente. Alimenta-nos o espírito e os fantasmas também. É um escárnio constante, e uma sedução de volátil termo. É permanente, tatuado. É para sempre tão ousado.

É uma viagem fulcral. Uma víscera mental. E é sempre estranho o momento em que sem se falar, sem se dizer, se constroem sólidos sentidos.

O render das defesas articuladas em esquemáticas manhas, o cumprir das vontades das historias das façanhas.
O mentir com clareza, astucia e satisfação. O pecado mortal na dança anárquica de uma mão.

4 lados conversando - esquerdo, direito, coração e alma. Todos juntos se anulando numa produção cimeira.

É coisa prós loucos reprimidos, para os que pensam fazendo o pino. É coisa de bradar em corrupio.
E é o limiar da vida... ponto alto onde se sublimam as questões humanas, e depois aquilo que as transcende, e logo aí, passando a acarretar consigo a morte.

Fica depois o seu amo à sorte!


titulo - Jorge Palma

2 comments:

Mariana said...

nao percebi se: foste tu quem escreveu, foi o palma, foste tu e o título foi o palma, ou se foste tu e o título é palma. mas o título não é trapézio? acho que tenho sono.

Thinking of you said...

Escrever é tudo isso e muito mais... é uma forma de expressão que nos dá asas e alento, que nos afasta o sofrimento... Quando escrevo faço-o porque gosto, mas tambem porque funciona como uma auto-terapia do dia-a-dia.
Quando escrevo crio um escape para um mundo só meu, uma ligação secreta com alguem, uma ligação com o mundo. Mas no fundo é sempre um desabafo... de alegrias e tristezas de curropios de emoções talhadas pelos impetuosos e inexplicaveis caminhos do destino que vamos traçando.

Outro texto um tanto ou quanto 5*

How Many