O poeta
põe a alma, o fígado e uma paisagem
numa bandeja
Umas vezes tempera com um sorriso
outras com uma lágrima
e ás vezes com limão (que dá para tudo)
Dá-se a servir dizendo:
Isto sou eu!
Há quem se repaste
e quem apenas molhe o pão…
Assim se nasce para se matar
Assim se morre para se parir
É este sangrar constante
Dar-se a ser o que não é
Que o faz escrever, ser errante
Correr sem saber de quê
Poeta, eu?!
Nem morto!!!
Obrigado a João Monge por me ter dado de "bandeja" a liberdade de publicar este seu poema de que eu tanto gostei.
Clicar aqui para o blogue pessoal do autor.
2 comments:
eu é que agradeço a publicação.
um abraço!
A poesia é a arte de se afirmar o que não se é...e de negar o que se é!
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